Essa pasta é restrita. Todo mês os administradores votarão nos melhores textos para entrar na pasta
Em mim, punhado de sonho fugaz by LuizBlack5, literature
Literature
Em mim, punhado de sonho fugaz
E eu, quieto, na solidão,
Olhos fechados e o sonho fugaz,
O benigno silêncio da manhã.
Não sigo a certa direção,
Fome, um punhado de liberdade apraz,
E a plena dedicação do afã.
Meu tempo corrido, aquela ilusão,
Em mim, uma vagarosa paz voraz,
Agora a promessa de um belo amanhã.
há em mim uma só constante
a do desejo de asas
que a luz não me trouxe
queria eu
tomar a rigidez
de outras penas
que não as minhas
por um segundo que fosse
sentir-lhes a suavidade
e o arrepio
segurar-me a esse aperto
que nos consome no segundo
que antecede a queda livre
o suspender do tempo
e da própria vida
um medo enfrentado
de cabeça erguida
poder planar sobre o chão
que não me pertence e me reclama
com voz de quem ordena
uma estranha mensagem
que não sei ouvir
ah... fosse eu livre e solta
nos rodopios dos ventos
que seguem a sua própria direcção
c
XVII.IL - Quando partires by Coffeeletters, literature
Literature
XVII.IL - Quando partires
Quando partires
deixa a porta entreaberta
para que a luz aqueça
o que de nós há de restar
ou deixa uma vela acesa
para que a esperança ilumine
os retratos que não pudemos tirar
e quem sabe
se sobro ainda eu
de tudo que te dei para levar
e que tomaste
como se fosse eu
o ar que te falta
para encher a coragem
quando chegar a tua hora, meu bem,
deixa-me um último beijo
para que só te lembre os dias de sol
e não haja dia que não te esqueça
por ter tanto que te lembrar
nega até o teu amor
ou simplesmente não o digas
e fecha-me os olhos
para que não o veja
jura
que não é
Já soube querer tudo:
A desmedida de compreender,
dois traços rasgados no rosto,
praticando alquimia a partir de sombras
e línguas mortas.
Já soube o medo:
Lidar com o nascimento do sol
quando em mim tranco as portas,
largar o que sou quando renasco e fugir,
como se não conhecesse outra vida
a não ser a do largar o que sou.
No fim de toda esta existência cancerígena
fica a memória estanque,
o sangue a coagular nas veias e
a alma a ser drenada na passagem dos segundos a dias.
A traição da mente alastrando-se,
relevando a anatomia dos meus demónios.
Retinas ceg
Sua jura
Suplico a minha cura
Vem logo e me conjura
Ao teu espaço sideral
Meu cansaço
Leva embora em teu abraço
Que já serve como um laço
De um louco animal
Nosso momento
De distância eu não aguento
Mil milhas noite a dentro
Pecado capital
É essa hora
Que eu mando tudo embora
E sei que o peito implora
Por esse amor quase irreal
Sou o estilhaço do meu fracasso de tentar lhe esquentar
era a minha jura te dar um abraço seguir teu passo sem te machucar
mas na calada da noite intensa como loba sedenta vim lhe tragar
acabei com o maço e fiz descaso do seu grito raso a ecoar
Quem sabe a selva fosse menos severa, quem sabe a relva te fizesse mais
mas você é tolo viu em mim um ouro que agora outro vem procurar
e será mais que na madrugada amena me sentirá serena e ira chorar
ali congelado, posso ouvir o estalo da ultima batida que seu coração dá
Que o vento varra toda a tempestade e leve embora o seu respirar
que me atormen
Nasce a esperança
agora que anoitece
e este dia toma fim
nos céus de outras terras
a lua avermelhou
e nem todas as lágrimas lavam
o sangue que nas ruas ficou
feras em forma de gente
sem coração e sem fé
na fé que tanto gritam
silenciaram corpos
querendo calar almas
e elas rugiram tão alto
que o som ecoou no mundo
e outras almas se ergueram
honrando as que partiram
Parte, Charlie, parte
nesse teu sono profundo
que a luz de ti levou
descansa agora
no sono dos guerreiros
que outras canetas escrevem
mais alto que o que podem calar
outras penas se iluminam
para merecerem a tua coragem
e para que n